Materiais que serão utilizados por forças de segurança durante a competição incluem carro blindado e robô para desativar explosivos.
Braço robótico, utilizado para aumentar a distância entre oficiais e objetos, foi testado por policial nesta sexta-feira, em Porto Alegre
Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
Máscaras, uniformes especiais, veículo blindado, robôs desarmadores de bombas. Os sofisticados equipamentos que estão chegando ao Estado devem ser o legado da Copa do Mundo para a segurança pública do Rio Grande do Sul.
Doação do Ministério da Justiça para a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, o material soma um investimento de R$ 90 milhões.
A maior parte desta quantia foi aplicada na construção de um centro de comando e controle integrado na Secretaria de Segurança. Com telões conectados a câmeras de videomonitoramento em toda a cidade, a estrutura ficará pronta até 20 de maio.
– A Copa nos proporcionou uma evolução tecnológica grande na área de segurança pública, porque os equipamentos permanecerão para uso da polícia – afirma o secretário da Segurança, Airton Michels.
Entre as aquisições mais vistosas está um veículo para ações de choque. O blindado é capaz de transportar 21 policiais, lança um esguicho de água que pode atingir até
60 metros e será usado “muitas poucas vezes”, segundo a previsão do secretário Michels.
– Não é princípio nosso controlar manifestações populares com esses caminhões. Ele não pode ser usado em qualquer circunstância. Vamos fazer um protocolo de uso, estabelecendo regras – afirma Michels.
Eficácia do veículo blindado é discutida por especialistas
Todas as 12 cidades-sede da Copa do Mundo deverão receber o veículo, que está sendo fabricado por uma empresa paulista.
Professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da Polícia Militar de São Paulo, José Vicente da Silva acredita, porém, que o veículo pode não ser o mais adequado:
– No ano passado, São Paulo teve de recorrer a uma licitação internacional porque a polícia constatou que nenhuma empresa brasileira estava apta a desenvolver esse tipo de equipamento – afirma.
De acordo com o major Mario Augusto Ferreira, comandante da
1ª Companhia de Choque do Batalhão de Operações Especiais (BOE), o caminhão não é capaz de machucar as pessoas:
– Ele molha e empurra, mas não causa nenhum mal. A água é arremessada de cima para baixo, por cima do manifestante.
A polêmica da máscara
Entre as aquisições para a Copa também se sobressai a máscara de gás que será usada pela polícia de 11 Estados, incluindo o RS. Em uma época em que se debate a humanização da polícia, o major Mario Augusto Ferreira afirma que o aparato causa impacto psicológico porque “tira a figura humana” do policial.
– A humanização não vai ser dada pela aparência, mas pela forma como eles vão tratar as questões referentes a manifestações e prisões de pessoas – avalia o analista de assuntos estratégicos e consultor de organizações internacionais André Luís Woloszyn.
A função da máscara, segundo o secretário Michels, é dar segurança ao policial e também à população.
– Quanto mais protegido o policial se sente, menos violento ele será na sua ação. Essa proteção é para que ele possa agir dentro do protocolo e dentro da lei, nas circunstâncias que ele estiver enfrentando.
Os principais itens do kit
Robô para desarmar bombas
- Comandado à distância por um técnico, é utilizado para intervenções em ocorrências onde há risco de vida. Pode levar a bomba para um local afastado, colocar uma contracarga e detonar o dispositivo. Fabricado nos EUA.
Trajes antifragmentação
- Confeccionada na Suíça com material balístico para proteger de fragmentos com velocidade de projétil, cobre até a cabeça. Será usado pelos técnicos quando houver risco de que o objeto a ser examinado seja uma bomba.
Braço robótico
- Usado junto à roupa, aumenta a distância do homem em relação ao objeto. Acrescenta a possibilidade de sair ileso caso a bomba exploda. Fabricado por uma empresa canadense.
Aparelho de Raio x portátil
- Menor do que os aparelhos industriais, serve para identificar todos os componentes da bomba sem contato físico. Feito nos EUA.
Kit de linhas e ganchos
- Conjunto de cabos e roldanas em que os policiais fazem a movimentação remota da bomba. Veio do Canadá.
Máscara de gás
- É confeccionada com material que suporta até 1.000ºC. Tem visor à prova de balas, filtro cambiável para respirar em ambientes com gás e fumaça e um sistema que permite que o ar seja expulso sem a entrada de ar contaminado.
Veículo para ações de choque
- Com tração de 6×4 e pesando 20 toneladas, tem na parte dianteira um limpa trilhos capaz de desobstruir obstáculos pelo caminho e um canhão de água capaz de arremessar jatos de alta pressão que chegam a até 60 metros. Deve ser utilizada em “eventuais tumultos de rua”, segundo o secretário Michels.
Exoesqueletos de policarbonato
- De fabricação nacional, a novidade é que cobrirá a parte superior do corpo dos policiais dos três batalhões de operações especiais, como tórax, ombros e braços, além de órgãos genitais e pernas. Deve ser usado com capacete e máscara de gás,
protegendo integralmente o corpo. Serão 300 unidades.
Fonte: Zero Hora
Post. Eloídes Nunes.
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