O corpo de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, foi encontrado enterrado em um matagal, as margens do rio Mico, estava nu, dentro de um saco, na noite de segunda-feira (14), 21H30min na linha São Francisco em Frederico Westphalen, no Norte do Rio Grande do Sul. Ele estava desaparecido desde 4 de abril. O menino vivia em Três Passos, no Noroeste, com o pai, Leandro, e a madrasta, Graciele. O casal e uma amiga estão presos por suspeita do crime.
Veja abaixo o que já se sabe e o que é dúvida no caso da morte de Bernardo. O caso corre em segredo de Justiça.
Quando Bernardo foi visto pela última vez?
Bernardo foi visto vivo pela última vez no dia 4 de abril por um policial rodoviário. No início da tarde, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. "O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, da PRF. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
Qual é a versão do pai e da madrasta?
O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, e a madastra, Graciele, dizem que o menino saiu de casa por volta das 18h do dia 4 de abril para dormir na casa de um colega, a duas quadras de distância da residência dos Boldrini, em Três Passos. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo e lá, foi comunicado da ausência do filho e registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil, relatando o sumiço. O médico chegou a ligar para uma emissora de rádio de Porto Alegre para comunicar o desaparecimento da criança e pedir ajuda.
Com quem Bernardo morava?
Ele vivia com o pai e a madrasta em uma casa em Três Passos. A mãe de Bernardo, Odilaine, morreu em fevereiro de 2010. Segundo a polícia, a mulher cometeu suicídio com um tiro na cabeça no consultório médico do ex-marido, pai do garoto. A avó materna e a madrinha da criança moram em Santa Maria.
Quem está preso?
Leandro Boldrini, pai do garoto, Graciele Ugolini Boldrini, a madrasta, e Edelvania Wirganovicz, amiga do casal, são considerados pela polícia os principais suspeitos do crime. Eles foram presos na noite de segunda-feira (14), depois que o corpo da criança foi encontrado, e estão em local não revelado por medida de segurança. A delegada que investiga o caso, Caroline Virginia Bamberg, diz ter certeza da participação do trio na morte, só restando averiguar o papel de cada um.
Edelvania Wirganovicz, amiga do casal
Como Bernardo morreu?
A amiga da madrasta disse à polícia que o menino foi morto com uma injeção letal. Entretanto, apenas o resultado da perícia poderá indicar se ele foi morto com alguma substância aplicada na veia. Segundo o atestado de óbito, a morte ocorreu no dia 4 de abril de “forma violenta”. Nesta quarta-feira (16), a delegada afirmou que há possibilidade de o menino ter sido dopado com medicamentos misturados a um suco antes de ser assasssinado.
Como o corpo foi encontrado?
Na noite do dia 14 de abril, o corpo do menino foi encontrado enterrado em uma cova em um matagal na cidade de Frederico Westphalen, no Norte do estado, a 80 km de onde o menino morava. Após a descoberta do cadáver, o pai, a madrasta e uma amiga do casal Edelvania Wirganovicz, foram detidos por suspeita de participação no crime. A amiga mostrou aos policiais onde o corpo da criança estava enterrado.
Como era a relação de Bernardo com o pai?
Relatos de vizinhos e amigos dão conta que o menino se dizia carente de atenção. Ele chegou a procurar a Justiça para relatar o caso. No início do ano, o juiz Fernando Vieira dos Santos, 34 anos, da Vara da Infância e Juventude de Três Passos, autorizou que o garoto continuasse morando com o pai, após o Ministério Público (MP) instaurar uma investigação contra o homem por negligência afetiva e abandono familiar.
De acordo com o MP, desde novembro do ano passado, o pai de Bernardo era investigado. Entretanto, jamais houve indícios de agressões físicas. Em janeiro, o garoto foi ouvido pelo órgão e chegou a pedir para morar com outra família.
No início do ano, o médico pediu uma segunda chance. Com a promessa de que buscaria reatar os laços familiares com o filho, ele convenceu a Justiça a autorizar uma nova experiência. Na época, a avó materna, que mora em Santa Maria, na Região Central do estado, chegou a se disponibilizar para assumir a guarda. Porém, conforme o MP, Bernardo também concordou em continuar na casa do pai e da madrasta.
Fonte: Do G1 RS
Post. Eloídes Nunes.
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