A ilustração demonstra onde as águas chegarão na região de Porto Mauá. Segundo Itálico Cielo, a principal preocupação é com os afluentes do Uruguai, área onde está o maior número de pequenos agricultores atingidos.
Mapa da cidade de Porto Mauá. Em azul onde a àgua irá atingir.
Pelo menos 70% da atual cidade de Porto Mauá desaparecerá com a construção da usina hidrelétrica de Panambi. Vazou nesta semana um mapa com o plano diretor da área atingida pela barragem e como impactará no perímetro urbano e nas comunidades próximas aos rios Santo Cristo e Santa Rosa, que também serão atingidas. A imagem foi repassada pela Eletrobras como parte do estudo que realiza para a construção do complexo Garabi/Panambi.
Guerino Pedro Pisoni, prefeito de Porto Mauá, admite que o mapa é real. Segundo ele, entre 600 e 700 pessoas que vivem na cidade devem ser atingidas com a formação do lago. Cerca de 300 das 425 casas que formam a atual aglomeração serão inundadas. Isso sem contabilizar todos os prédios públicos importantes, como a Prefeitura, a Câmara, as escolas, o posto de saúde e a praça. A igreja católica, não.
O terreno no entorno da cidade não favorece a construções. E tem ainda o calor que deve vir do lago (por ser um espelho de água), entre outros problemas. Pisoni defende a ideia de construir uma cidade nova, em local que fique a uns cinco quilômetros da área atual. “O fluxo rodoviário, o porto internacional, o comércio e o turismo ficariam nesta cidade que hoje existe. Mas a administração e o núcleo residencial precisariam ser planejados, construídos do zero, com vistas ao conforto da população”, argumenta o prefeito, ressaltando que técnicos em solo e geografia dizem o mesmo.
Pisoni admite, no entanto, que o assunto não foi discutido no Grupo Municipal formado por mais de 50 entidades que debate o impacto da obra em Porto Mauá e Tuparendi. Sabe, no entanto, que existe quem defenda a permanência da cidade próxima ao lago, valendo-se do turismo como fator preponderante. “É um assunto do qual não poderemos fugir”, sustenta.
Com a divulgação do mapa da área inundada, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tuparendi e Porto Mauá, presidido por Itálico Cielo, emitiu posicionamento em favor dos associados que têm propriedades próximas aos rios. A grande área atingida é justamente nos afluentes do Rio Uruguai. Com a barragem o Rio Santa Rosa ficará represado até a localidade do Lajeado Cascatinha, em Tuparendi. Já no Rio Santo Cristo a água atingirá a localidade de Matinho Queimado.
Entre os dados mais importantes está o número de desapropriações. Itálico estima que serão cerca de 212 quilômetros quadrados em toda a área. Em Porto Mauá e Alba Posse 1.346 pessoas terão de ser reassentadas. O tema seria debatido em reunião que estava agendada para segunda-feira, 26, com Valter Cardeal, diretor da Eletrobrás no Estado, mas ele não compareceu.
Itálico tem expectativa que o governador do Estado assine nos próximos dias um decreto que inclui o nome da FETAG no grupo que acompanhará os estudos e participará dos debates referentes à construção da hidrelétrica. “Queremos informações oficiais sobre a área, população, como serão as desapropriações, quanto os agricultores receberão para deixar suas propriedades e para onde serão levados”, sustentou Cielo.
O Sindicato está mobilizando agricultores para que impeçam o grupo de realizar estudos em suas áreas enquanto um representante da Eletrobrás não venha esclarecer dúvidas.
Mapa completo de Porto Mauá. Em azul onde a àgua irá atingir.
Localização | |
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Localização de Porto Mauá no Rio Grande do Sul
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Fonte: Jornal Noroeste
Post. Eloídes Nunes.
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