A audiência pública que debateu, nesta terça-feira, o sistema de Ciclos em escolas do meio rural na Comissão de Educação da Assembleia transcorreu em clima democrático e se encerrou com resultado satisfatório para as partes interessadas. Ao final da audiência, que durou quase três horas e ouviu cerca de vinte pessoas, entre professores, diretores, coordenadores de CREs e deputados ficou patente que os ciclos, onde são implantados, estão garantindo a manutenção das pequenas escolas com até 50 alunos. “Este gesto do governo Tarso Genro, é preciso que se entenda, não é pequeno. Ao contrário. Para se ter uma ideia, no governo anterior as escolas pequenas eram vistas apenas do ponto de vista econômico e não pedagógico. O resultado disso, foi o fechamento de quase 200 delas”, avalia o deputado Altemir Tortelli, que coordenou a audiência como presidente da Comissão de Educação.
A avaliação do deputado encontrou amparo na apresentação da Secretária Adjunta da Educação, Maria Eulália Nascimento. “O que estamos fazendo agora é exatamente promover o debate sobre método de ensino”, disse, contrapondo-se à tese de que os ciclos estavam sendo impostos às escolas, o que originou a proposição da audiência pelos deputados Ciro Simoni, do PDT, Ernani Polo e Mano Changes ambos do PP. “Constatamos, ao final da audiência, que havia polêmica em escolas de duas das 236 cidades onde os ciclos estão sendo propostos pelo governo por falta de informação adequada”, conclui Tortelli. Ao contrário do que alguns professores e diretores estavam entendendo, segundo o deputado, a adoção do sistema de ciclos não está sendo obrigatório. A garantia foi reforçada pela Secretária Adjunta da Educação, Maria Eulália Nascimento. “Os Ciclos somente estão sendo adotados, onde há acordo entre direção e Secretaria de Educação de que este é o melhor método para a manutenção das escolas ou para reduzir a evasão e a repetência”, reafirma ela.
Durante a audiência chamou a atenção o depoimento da aluna do 8°ano, Ana Cláudia Dickel, de uma escola rural de Pontão. Ela se disse preocupada com abandono dos jovens do campo. “Não sei dizer se este é o melhor método ou não. Mas acho que as autoridades devem procurar soluções e alternativas para que os jovens filhos de agricultores permaneçam no campo. Estamos correndo o risco de, daqui um tempo, não termos mais alimentos”, testemunhou, arrancando aplausos de todos. A questão da sucessão rural tem sido tema constante nos debates, discursos e projetos do deputado Tortelli, que defende a reestruturação e a preparação de profissionais para capacitar e preparar os filhos de das escolas públicas rurais professores preparados para educar para o campo.
As escolas hoje trabalham com a realidade da cidade, como única alternativa para os jovens filhos de agricultores familiares. O método, ainda adotado, tem afastado do campo oito de cada dez estudantes. “Esta proporção pode inverter, se adotarmos uma política de educação para o campo, introduzindo um outro método: a da pedagogia da alternância, que prevê além de aulas teóricas, aulas práticas na propriedade familiar”, propõe. A proposta constava do Projeto de Lei de autoria de Tortelli, que foi aprovado e sancionado pelo governador Tarso genro no final do ano passado. Agora é a Lei 14.278, cujos programas começam a ser regulamentados, como a Bolsa Jovem Rural e as Escolas Famílias Agrícolas e as Casas Familiares Rurais. “A juventude só vai embora do campo por não achá-lo atrativo e por acreditar que não oferece boas oportunidades e nem estrutura” atesta.
Os ciclos de formação são caracterizados da seguinte forma: 1º Ciclo de Formação: Crianças de 6, 7 e 8 anos de idade. 2º Ciclo de formação: 9, 10 e 11 anos de idade e 3º Ciclo de formação: 12,13 e 14 anos de idade. Eles agrupam por faixas etárias em turmas de, no mínimo dez alunos o que tem garantido a manutenção de escolas por otimizar recursos e pode reduzir os índices de repetência e evasão.
Fonte: Gabinete Deputado Tortelli
Post. Eloídes Nunes.
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